– O fim é necessário, disse ela.
– Sim, mas qual é a linha tênue entre a vida e a morte de um sentimento? retrucou ele.
– Pergunta difícil... A morte de um sentimento é, para mim, uma incógnita. Nós podemos pressenti-la, pois, assim como o corpo, o sentimento também adoece. Porém, muitas vezes, não há remédio. Então, não podemos saber quando a indesejada virá, respondeu.
– O problema é que ela sempre vem... Impiedosa, matou a minha paixão. Por isso, questiono-me sobre o amor: será possível amar novamente? perguntou.
– Talvez. Acho que o amor antigo ainda pode ser a melhor opção. Como escreveu Drummond, "o amor antigo vive de si mesmo", respondeu ele.
– Não sei... Acho que, como no verso de Fernando Pessoa, o "meu coração é um balde despejado". Eu também invoco a mim mesma e não encontro nada. Nada além da angústia do fim, retorquiu ela, encerrando a conversa.
Pessoa > Drummond. Venceu ela.
ResponderExcluirEla sempre vence! ;)
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