FADO INEVITÁVEL
Pensou que seria simples
se livrar de sua poesia,
achou que ficaria em paz
de uma noite para o dia.
Passaram-se vários anos,
talvez estivesse curado;
não escreveu seus poemas
e ficou mais descansado.
Deixou de lado a poesia,
aderiu a uma vida normal
e deixou de sentir a dor
para ficar lendo jornal.
Depois de fazer família,
labutar com remuneração;
percebeu o quanto era só
e que tudo é uma ilusão.
Ele aceitou que sua vida
sempre seria incompleta,
e assim gritou ao mundo:
ainda, ou sempre, poeta!
Pensou que seria simples
se livrar de sua poesia,
achou que ficaria em paz
de uma noite para o dia.
Passaram-se vários anos,
talvez estivesse curado;
não escreveu seus poemas
e ficou mais descansado.
Deixou de lado a poesia,
aderiu a uma vida normal
e deixou de sentir a dor
para ficar lendo jornal.
Depois de fazer família,
labutar com remuneração;
percebeu o quanto era só
e que tudo é uma ilusão.
Ele aceitou que sua vida
sempre seria incompleta,
e assim gritou ao mundo:
ainda, ou sempre, poeta!
O poema Fado inevitável encontra-se no e-book Monopólio da Solidão, disponível para download no blog Sábados de Caju.
porque o poeta sofre de um incômodo na alma; não há pois possibilidade de cura ou de fuga; uma vez poeta, disso se vive, disso se morre...
ResponderExcluirBela postagem, Ane.
Abraço (indireto) ao Fred.
Beijos.
Ricardo.
Não penso em outro adjetivo além de LINDO.
ResponderExcluir*-*
Esse poema é bem querido. Grato.
ResponderExcluirUma vez Poeta, sempre Poeta. E felizes, aqueles que tem a poesia na veia...
ResponderExcluir