Aquelas nuvens, que voam, Ninguém pode pôr-lhes mão... São como as horas que soam, E as aves, que em bando vão... Como a folha desprendida, E como os sonhos da vida, Aquelas nuvens que voam...
Às vezes o sol, que as doura, Parece à glória levá-las Mas surge o vento e, numa hora, Já ninguém pode avistá-las! É um convite enganoso, Um escárnio luminoso, Às vezes, o sol que as doura!
Tantos castelos caídos!
Tantas visôes dissipadas! Gigantes, heróis perdidos, Que mal sustêm as espadas! Faz pena ver, lá do monte, Nas ruínas do horizonte, Tantos castelos caídos!
E as donzelas lastimosas, Que vão fugindo transidas!
Quem fogem elas ansiosas? Que buscam elas perdidas? Ó romances fugidios! Vejo os tiranos sombrios, E as donzelas lastimosas!
Aquelas nuvens que vemos, Esses poemas aéreos, São os sonhos que nós temos,
Nossos intímos mistérios! São espelhos flutuantes Das nossas dores constantes Aquelas nuvens que vemos...
Nossa alma vai-se com elas, À procura, quem o sabe? Doutras esferas mais belas, Já que no mundo não cabe...
Voando, sem dar um grito, Através desse infinito, Nossa alma vai-se com elas!
Antero de Quental
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e assim nessa lógica, como um imenso tapete, tecido por milhares de mãos, almas de outros lugares me chegam, versos de outros poetas, ao passo que meu poema procura outros firmamentos, minha alma outras estrelas...
ResponderExcluirAssim nos devemos revezar entre morrer e viver sempre.
Beijos.
Ricardo
Seguindo mais um blog inteligente =]
ResponderExcluirAdoro as nuvens! Sabe que para meditar, tentar se livrar do tumulto dos pensamentos desenfreados, a dica é imaginar que esses pensamentos estão indo embora como nuvens... Ah! Amo essa foto!!! Uma árvore de nuvens!!! Bjs
ResponderExcluirPor que meu comentário saiu como "teste"? Enfim... Fui eu que escrevi:
ResponderExcluirAdoro as nuvens! Sabe que para meditar, tentar se livrar do tumulto dos pensamentos desenfreados, a dica é imaginar que esses pensamentos estão indo embora como nuvens... Ah! Amo essa foto!!! Uma árvore de nuvens!!! Bjs,
VERUSKA :-)