segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cecília Meireles

Abstract Guitar by Paul Brent

GUITARRA

Punhal de prata já eras, 
punhal de prata! 
Nem foste tu que fizeste
a minha mão insensata. 

Vi-te brilhar entre as pedras, 
punhal de prata! 
No cabo flores abertas, 
no gume, a medida exata, 

exata, a medida certa, 
punhal de prata, 
para atravessar-me o peito 
com uma letra e uma data. 

A maior pena que eu tenho, 
punhal de prata, 
não é de me ver morrendo, 
mas de saber quem me mata.

9 comentários:

  1. punhal de prata... nem foste tu que fizeste minha mão insensata! B.E.L.O!

    boa semana, ane, flor de poesia!

    e a nova roupa do blog... arrasou!
    respingou em mim hahaha

    beijos!!

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    1. obrigada, lu...z de poesia! :)

      o blog está by Jackson Pollock, conhece? eu adoro e recomendo!

      beijos, linda!

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  2. Já há uns tempos que não passava por aqui. Quem perdeu fui eu, toda a beleza - neste caso das palavras - é preciosa para a construção do nosso edifício.

    Beijo :)

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    1. Bem-vindo de volta, AC!

      Obrigada pelas palavras. :)

      Beijo!

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  3. O que dizer? BELO, MUITO BELO!!!

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    1. Obrigada pelo comentário, querida! É um prazer vê-la por aqui! :D

      Beijo!

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  4. grazie, Giancarlo! :) ciao

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